estou conversando comigo mesmo, se quiser se intrometer, à vontade.


sexta-feira, 10 de setembro de 2010

I.A.Q eleições (só fiz pq insistiram muito)

.Eu num ia falar mais de política aqui, mas uma certa pessoa que não vou citar pediu insistentemente pra eu falar de um assunto: o voto nulo. Então, antes que me perguntem, vou falar do voto em branco também.

Voto em branco: com o voto em branco você, na linguagem eleitoral, quer dizer que não quer votar de jeito nenhum; o seu voto vai ser considerado que você compareceu, mas não quis votar. Esse "voto" não será contado em nenhum resultado.
Exemplo: Num colegiado de 100 votos, 2 foram em branco, então o 100% dos resultados serão os 98 votos. Nunca sendo contado esses 2 votos.

Voto nulo: com a anulação do voto você, na linguagem eleitoral, quer dizer que voc~e queria votar, mas nenhum dos candidatos se qualificou o suficiente para merecer seu voto. O voto nuo é contado nas pesquisas como se fosse um candidato fictício.
Exemplo: Na simulação acima, supomos que dos 98 votos restantes 9 foram nulos. Eles contam na pesquisa como 10% de anulação dos votos.


Mas o que acontece se os votos nulos ganharem? Simples, a eleição é anulada. O eleitorado quis que a eleição fosse anulada, pois nenhum dos candidatos mereceu a maioria dos votos, sendo assim, todos eles são impedidos de concorrer aquele cargo na nova eleição.
Espero ter ajudado alguém mais além da pessoa que me pediu pra falar desse assunto. Eu não acho que a anulação de uma eleição seja bom negócio para nós, pois o Brasil vai ser governado por uma pessoa ou outra, não vamos escapar disso; então prefiro escolher alguém do que escolherem para mim, pois aí posso falar que o meu país está uma merda porque o povo deixou que ele ficasse assim.

Comentem só se gostarem

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Preconceito

.Preconceito, a característica mais polêmica dos seres humanos, e que vem se tornando a razão pra ocorrer divisões irracionais. Uma vez perguntaram pra mim "o que você acha que vai acabar com a Terra, Matheus???" e eu disse "O preconceito, professora.". ainda penso assim, e vou explicar o porque.

.Se os senhores consultarem o pai Google o que significa a palavra preconceito, vão achar (além de vários textos de blogs filosóficos e afins), basicamente, isso: Conceito formado antecipadamente e sem fundamento sério. Ou seja, aquela primeira impressão que você tem quando vê, ouve, sente o cheiro ou a presença de algo.

.Esse dom de ter um preconceito foi o que nos salvou da extinção, nos livrou de situações que foram essenciais para se discernir entre o que é perigoso ou não sem ao menos saber o que é realmente aquilo. Nos tornou desconfiados do que está a nossa volta, pensando que poderia haver perigo saindo de qualquer lugar a qualquer momento e nos consumir completamente. mas conseguimos sobreviver, depois de várias e várias mudanças drásticas na crosta terrestre, o planeta nos selecionou para continuar a viver, depois formamos comunidades e vivemos em grandes bandos (afinal, melhor mal-acompanhado do que sozinho) e triunfamos sobre os outros seres do nosso planeta.

.Isso tudo aconteceu, e, mesmo depois de milhares de anos, o preconceito foi sendo cada vez menos necessário; começamos a adquirir experiência, conhecimento e inteligência; e o nosso preconceito foi cada vez mais inútil. Até que... Caim (Caim é com "m' ou com "n"?) matou Abel. A partir daí houve uma nova ameaça pra nossa existência: o outro.

.Passamos a desconfiar de quem estava a nossa volta (lógico que não de todos, só daqueles que julgássemos que não é digno de nossa confiança), não que isso seja ruim, ora, temos que nos proteger daquilo que quer nos atingir de alguma maneira, estamos só nos defendendo de um perigo iminente; e não há conhecimento que baste pra saber se uma pessoa vai nos apunhalar pelas costas ou não. Até aí tudo bem, é defesa, mas somos seres humanos e não contentamos com isso...

.Por que nos contentar em defender e ficar sempre atento se somos mais fortes, vamos domina-lo, assim ele não vai se atrever a nos ameaçar! Assim se pensou, e assim um povo de certa comunidade foi até onde viviam outros e os dominou, escravizou, humilhou e até os matou. os vitoriosos, vendo que dava resultado, passaram a praticar esse "modo de viver" e seguiam até encontrar alguém mais forte, aí se escondiam e recuavam como seus ancestrais faziam quando viam perigo na sua frente.

.Isso se prossegue por séculos até que surge um elemento novo no jogo: o poder. No poder, o ser humano viu um modo de intimidar seus semelhantes, causando-os o preconceito de que eles eram poderosos e invencíveis, daí surgiu a ganância (que é a obsessão por acumular bens) e outras características que só tendem a definhar cada vez mais a relação entre seus semelhantes. Praticamente todos seguiam esse raciocínio, até a santa Igreja Católica praticou isso com as famosas cruzadas, e com sua partição em Apostólica Romana e Ortodoxa...

.Esse jogo de poder e intimidação só aumentou com as grandes navegações e o "descobrimento de novas terras". Os povos tinham pessoas novinhas, teras novinhas, tudo novo e reluzente, pronto pra mostrar para seu povo o que tinha conquistado, tudo praticamente "intocado"... Dizem que a Idade média foi a era das trevas, mas esquecem dos milhões de negros, índios e aborígenes que morriam por não saberem jogar "o jogo dos brancos".

.Até nos dias de hoje, as coisas mudaram bastante, mas os sentimentos não. Eles parecem que vão ficar arraigados a nós para sempre. Hoje as pessoas continuam tendo preconceitos (seja por qualquer motivo que for), e continuam tentando intimidar aqueles que o ameaçar, mas agora esses sentimentos ficam subentendidos, pois criou-se um corbertor do politicamente correto, onde a nossa sociedade definiu que preconceito escancarado. No holocausto as pessoas viram onde pode chegar o preconceito e a intimidação de um povo sobre o outro, abalando toda uma geração e criando-se a política do não preconceito. Assim, a maioria abafaram e/ou esconderam seus preconceitos, fazendo o mundo ficar mais harmonioso "mesmo que só na aparência". Mas não se sabe até onde isso vai durar... e assim caminha a humanidade, até que alguém lhe corte as pernas.