estou conversando comigo mesmo, se quiser se intrometer, à vontade.


sábado, 12 de fevereiro de 2011

Imposição (exclamação)


. Parece incrível, mas não desisti de escrever (vai que mudam as coisas...), após esse blog ter morrido por três meses (por simplesmente não ter achado grande utilidade) ele ressucitou (meu blog é 30x mais lento que Jesus Cristo). Venho falar de imposições, algo que move nossas vidas sem percebermos e nos cerca, mas não ligamos.

. Você já teve a sensação de ser guiado por algo, (sabendo o que seja ou não) e te parece tão irresistível que você simplesmente é levado por esse referido algo? Pois é, o que esse "algo" faz é imposição, e é tamanha a tentação que você simplesmente não se importa, ou nem a percebe. Todo esse processo tem um mecanismo que é mascarado por vários fatores (pareci químico falando: todo processo tem seu mecanismo!), para fazê-lo parecer implícito ou irrelevante. É assim ó:
O algo que nos referimos, quer que você (que vai ser o alvo da imposição) faça algo que você faça (às vezes você quer fazer isso também, ou até acha completamente irrelevante isso), ele te atrai para um objetivo, que pode ou não tornar seu objetivo também (mister óbvio ataca novamente), o algo demonstra os meios para consegui-lo, até te guia em alguns momentos e te ajuda a passar por alguns obstáculos, até chegar ao objetivo. Simples, não? (não sei porque enrolo tanto pra demonstrar as coisas).
. No modo como eu falo parece ser horrível isso, mas nem sempre é, na verdade quase nunca é. Essas imposições nos ajudam a viver, pois nos ajudam a fazer tarefas entediantes ou sem importância com eficiência aceitável. Exemplo: quando é preciso pôr o lixo pro lixeiro levar, alguém te impôe (podendo ser até você mesmo) é preciso tirar o lixo pro lixeiro levar. Então voc~e pega o lixo e leva até a calçada ou a uma caçamba de lixo (isso só existem em cidades onde os governantes ligam pra você), se importando apenas em não se rasgar o saco (isso caso você seja homem, se você for mulher vai se preocupar em várias outras coisas, como em não sujar o esmalte, ninguém te ver e se vai ficar cheiro/mancha em suas mãos); você simplesmente esquece dos lixeiros ou dos transeuntes e em facilitar as suas respectivas vidas, pois a tarefa que você realizou era tão insignificante (ou repugnante) que você se incumbiu de fazê-la do modo mais rápido e indolor pra você, e isso é bom.
. Mas, isso traz consequência para todos, se todos fizerem todas suas tarefas entediantes ou sem relevância do modo mais fácil pra si, não teríamos convivência boa com os outros seres vivos com quem dividimos nosso planeta, e eles não ligariam pra você também e, com o tempo, o caos reinaria. Não lembramos que tudo que fazemos é importante para todos e nos afeta diretamente, e o único modo de evitar fazer coisas por simples imposição é: criarmos coisas pra executar essas tarefas pra nós, ou você acha que a gente vai pensar em tudo que fazemos???

Observação: se você digitar "o ato de levar o lixo pra fora de casa" no google images, voc~e vai ver "Jack, o Estripador" na primeira página, o símbolo do Paraná Clube, na segunda página e o Frajola jogando a vovó numa lata de lixo, na terceira página. Ah, e só achará uma pessoa levando o lixo pra fora de casa na décima quinta página (pesquisa com selo google de eficiência).

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

síndromes - do Mpx





.Por incrível que pareça, ainda não desisti de escrever. Falarei de síndromes, caso não saiba o que é síndrome, eu explicarei. Elas são conjuntos de características que, associados a uma condição crítica, causam desordem física, emocional, mental, etc.

.Está na moda ter síndromes, e existem síndromes pra tudo. Uma delas é a síndrome do Mpx.

.Essa sínrome é chamada quando não se presta atenção ao seu redor, como se a pessoa estivesse ignorando tudo a sua volta (como se tivesse com o fone de ouvido do Mpx ligado na orelha) (quem faz essas analogias devia ser premiado, pra ter tanta imaginação assim). Isso faz com que esse sujeito perca contato com o resto que está a sua volta, perdendo completamente a noção de espaço-tempo.

.Mas eu num vim falar desse caso, eu vim falar de outro tipo, aquele que tem a síndrome de Mpx para tudo e todos e, quando está em síndrome, tudo é retirado de sua mente e lhe causa isolamento. Uma coisa muito importante: isolamento não é bom (se fosse bom, presídio era recompensa e liberdade era castigo) essa falta completa de gente, de coisas, de situações, de sentimentos (bons ou ruins), de vida; faz mal ao ser humano, pois ele não progride enquanto está em seu estado isolado; ele, simplesmente, se estagna e espera a vida passar, pra ver se passa algo bom e ele sair da síndrome.

.Esse estado é muito doloroso. Essa espera toda é angustiante tanto para quem entra na síndrome, quanto pra quem a acompanha. A espera é angustiante, extremamente frustrante e incrivelmente espúria. Esse momento ideal de se sair da síndrome do Mpx é completamente improvável, pois você está isolado do momento, vê a situação como terceira pessoa e não é possível sentir realmente o que acontece vendo por esse ponto de vista. Para saber o que fazer dentro de algo, uma necessidade básica é estar inserida no referido algo, o resto é tudo teoria. Como não há certeza, devido a espuriedade (forcei falando espuriedade?) da síndrome do Mpx, a pessoa se angustia, sofre sozinha em silêncio (ou não) e às vezes permanece nesse estado, até que algo a retire de lá (que é outra coisa que raramente acontece).

.Isso vem acontecendo cada vez mais (acho) com as pessoas, pois elas parecem cada vez menos interagir com o ambiente em que estão envoltas. Reduzimos o nosso mundo, nossa vida, em vários pedaços separados quase que por muros. Derrubar esses muros é aumentar nosso mundo (seja isso bom ou ruim), mas, como diz um nobre deputado federal, 'pior do que tá num fica'...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

I.A.Q. Porque os adultos estão se tornando crianças?




.Pergunta muito pertinente essa, não foi feita pra mim. Tinha nada o que fazer no ônibus, entre duas velhas que mais gritava que falavam... Fiquei com essa questão na cabeça (é... realmente eu me distraio fácil). E cheguei a conclusões meio óbvias.
.Os adultos agem como crianças por motivos diferente que crianças agem como crianças. Crianças agem como crianças por que esse é o único jeito de elas agirem, elas não sabem o quanto é complexo e estranho ser um adulto; são completamente inocentes, não dissimulam, insinuam e omitem como nós. São quase como nós deveríamos ser.
.Então os adultos adquirem essas características, ou fingem que adquiriram. Existem duas causas: ou eles realmente são mais inocentes, ingênuos e compulsivos que a maioria das pessoas; ou eles fingem ser isso. Mas pra que se fazer de uma criança?
.Simples, pra não ser levado a sério. Afinal, porque alguém levaria a sério uma pessoa que age como uma criança? Qualquer pessoa em sã consciência nunca consideraria uma opinião séria dessa pessoa. É como levar a sério a opinião musical de alguém que gosta de Restart. Esses adultos querem que suas opiniões não sejam levadas em consideração, por n motivos que não cabem ser discutidos aqui (tô tentando muito não divagar nessa postagem).
.Mas isso tem um preço, as pessoas logo utilizam esse rótulo como pré-conceito que, com o passar do tempo vira um conceito já fundamentado; logo, quando esas pessoas falarem seriamente, vão ter que colocar muito mais ênfase nisso, senão de nada adiantará e tudo que essa pessoa queria que acontecesse realmente acontece... mas permanentemente. É como disse Thomas Edison, "Mostre-me um homem 100% satisfeito e eu lhe mostrarei um fracassado".

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Faculdade Pública #comolidar? (1)

.Olá pessoas, depois de algum tempinho sem postar nada (não é falta de ideia, é falta de tempo) vou postar mais um da série #comolidar. Faculdade não é só um período escolar da pessoa, mas todo um período de vida (pra muitos, o melhor).
.Afinal, o que tem de especial na faculdade? Bem, a faculdade tem de um tudo: muitas pessoas de lugares que você queria morar ou visitar, muitas atividades extra curriculares (festas) e, sem nenhum medo de arriscar, você vai achar pelo menos uma pessoa que tem os gostos muito parecidos com o teu, dentro de cada Campus de uma universidade, tem uma comunidade inteira. Para aproveitar da melhor maneira possível, tenho algumas sugestões esclarecedoras (ou não).

1-) Tudo o que você aprendeu no ensino médio não existe
Essa é uma das primeiras constatações que os graduandos tem. Logo na primeira aula (pelo menos na primeira aula importante) você vai perceber que o que você aprendeu no ensino médio você nunca mais vai aparecer tão simples como era, pois dentro de cada assunto há sempre um monte de teorias e enigmas dignos de esfinge, que você nunca vai entender, mas vai ter que decorar. E isso nos leva ao segundo ponto.


2-) Prova é o único critério de avaliação
Em faculdade pública, o critério máximo de avaliação é a prova. Trabalhos, seminários e afins existem, mas a prova que vai definir se você está no céu ou no inferno. E não são provas normais de Ensino Médio, provas de faculdade são caixinhas de surpresas: você pode estudar feito um cão e tirar nota baixa, mas pode estudar pissirica nenhuma e ir extremamente bem. Um outro grande fator nas provas é a cola: se você não sabe colar ou tem vergonha, aprenda a colar e seja sem vergonha, ou não entre na faculdade.

3-) American Pie
Por incrível que pareça, a faculdade não é igual ao retratado no filme. Lá não é um desfile, onde apenas se encontram mulheres lindas (apesar de em algumas ter bastante), passar nela não é tão fácil e não há festas todos os dias. Mas também não é um lugar onde existem apenas Nerd's, onde todas as meninas usem óculos fundo de garrafa e aparelho. Lá tem de tudo, festas pra todos os gostos (geralmente bem baratas) e dá pra regular festas e atividades curriculares o suficiente pra viver e passar tranquilamente nas matérias.

4-) 5 é 10
Muitos (muitos mesmo, a grande maioria) adota essa filosofia de notas. As notas da faculdade logo vão ser desconsideradas assim que você por o pé pra fora dela, sendo apenas aproveitadas na hora de pedir bolsa (mesmo assim algumas nem pedem). Sendo assim, passando tá valendo, maaaaaassss... sempre tem as exceções alienígenas, que você nunca vê estudando e tiram 10 magicamente, ou que você vê estudando e tiram 10 não magicamente, essas pessoas existem apenas para um propósito: humilhar você e o resto da classe. Se você comentar sobre a existência deles para seus responsáveis com certeza eles vão comparar você com essas pessoas e vai mandar você ficar super amigo dessa pessoas, como se conhecimento se passasse por osmose...

5-) Amizades
Esse é o maior trunfo da faculdade. Você vai ter um grupo, onde você se encaixa perfeitamente (ou não). Não que nas outras eras do ensino você os façam, mas na faculdade você vai ter que conviver com as mesmas pessoas um terço da semana pelos próximos quatro anos (no mínimo)!! Isso faz com que as pessoas se aproximem 9ou se distanciem) bem mais que nas outras eras do ensino. Falando nisso, um abraço pra você que é meu amigo (ou se considera um ainda).


Bem... futuramente eu continuo...

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

I.A.Q eleições (só fiz pq insistiram muito)

.Eu num ia falar mais de política aqui, mas uma certa pessoa que não vou citar pediu insistentemente pra eu falar de um assunto: o voto nulo. Então, antes que me perguntem, vou falar do voto em branco também.

Voto em branco: com o voto em branco você, na linguagem eleitoral, quer dizer que não quer votar de jeito nenhum; o seu voto vai ser considerado que você compareceu, mas não quis votar. Esse "voto" não será contado em nenhum resultado.
Exemplo: Num colegiado de 100 votos, 2 foram em branco, então o 100% dos resultados serão os 98 votos. Nunca sendo contado esses 2 votos.

Voto nulo: com a anulação do voto você, na linguagem eleitoral, quer dizer que voc~e queria votar, mas nenhum dos candidatos se qualificou o suficiente para merecer seu voto. O voto nuo é contado nas pesquisas como se fosse um candidato fictício.
Exemplo: Na simulação acima, supomos que dos 98 votos restantes 9 foram nulos. Eles contam na pesquisa como 10% de anulação dos votos.


Mas o que acontece se os votos nulos ganharem? Simples, a eleição é anulada. O eleitorado quis que a eleição fosse anulada, pois nenhum dos candidatos mereceu a maioria dos votos, sendo assim, todos eles são impedidos de concorrer aquele cargo na nova eleição.
Espero ter ajudado alguém mais além da pessoa que me pediu pra falar desse assunto. Eu não acho que a anulação de uma eleição seja bom negócio para nós, pois o Brasil vai ser governado por uma pessoa ou outra, não vamos escapar disso; então prefiro escolher alguém do que escolherem para mim, pois aí posso falar que o meu país está uma merda porque o povo deixou que ele ficasse assim.

Comentem só se gostarem

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Preconceito

.Preconceito, a característica mais polêmica dos seres humanos, e que vem se tornando a razão pra ocorrer divisões irracionais. Uma vez perguntaram pra mim "o que você acha que vai acabar com a Terra, Matheus???" e eu disse "O preconceito, professora.". ainda penso assim, e vou explicar o porque.

.Se os senhores consultarem o pai Google o que significa a palavra preconceito, vão achar (além de vários textos de blogs filosóficos e afins), basicamente, isso: Conceito formado antecipadamente e sem fundamento sério. Ou seja, aquela primeira impressão que você tem quando vê, ouve, sente o cheiro ou a presença de algo.

.Esse dom de ter um preconceito foi o que nos salvou da extinção, nos livrou de situações que foram essenciais para se discernir entre o que é perigoso ou não sem ao menos saber o que é realmente aquilo. Nos tornou desconfiados do que está a nossa volta, pensando que poderia haver perigo saindo de qualquer lugar a qualquer momento e nos consumir completamente. mas conseguimos sobreviver, depois de várias e várias mudanças drásticas na crosta terrestre, o planeta nos selecionou para continuar a viver, depois formamos comunidades e vivemos em grandes bandos (afinal, melhor mal-acompanhado do que sozinho) e triunfamos sobre os outros seres do nosso planeta.

.Isso tudo aconteceu, e, mesmo depois de milhares de anos, o preconceito foi sendo cada vez menos necessário; começamos a adquirir experiência, conhecimento e inteligência; e o nosso preconceito foi cada vez mais inútil. Até que... Caim (Caim é com "m' ou com "n"?) matou Abel. A partir daí houve uma nova ameaça pra nossa existência: o outro.

.Passamos a desconfiar de quem estava a nossa volta (lógico que não de todos, só daqueles que julgássemos que não é digno de nossa confiança), não que isso seja ruim, ora, temos que nos proteger daquilo que quer nos atingir de alguma maneira, estamos só nos defendendo de um perigo iminente; e não há conhecimento que baste pra saber se uma pessoa vai nos apunhalar pelas costas ou não. Até aí tudo bem, é defesa, mas somos seres humanos e não contentamos com isso...

.Por que nos contentar em defender e ficar sempre atento se somos mais fortes, vamos domina-lo, assim ele não vai se atrever a nos ameaçar! Assim se pensou, e assim um povo de certa comunidade foi até onde viviam outros e os dominou, escravizou, humilhou e até os matou. os vitoriosos, vendo que dava resultado, passaram a praticar esse "modo de viver" e seguiam até encontrar alguém mais forte, aí se escondiam e recuavam como seus ancestrais faziam quando viam perigo na sua frente.

.Isso se prossegue por séculos até que surge um elemento novo no jogo: o poder. No poder, o ser humano viu um modo de intimidar seus semelhantes, causando-os o preconceito de que eles eram poderosos e invencíveis, daí surgiu a ganância (que é a obsessão por acumular bens) e outras características que só tendem a definhar cada vez mais a relação entre seus semelhantes. Praticamente todos seguiam esse raciocínio, até a santa Igreja Católica praticou isso com as famosas cruzadas, e com sua partição em Apostólica Romana e Ortodoxa...

.Esse jogo de poder e intimidação só aumentou com as grandes navegações e o "descobrimento de novas terras". Os povos tinham pessoas novinhas, teras novinhas, tudo novo e reluzente, pronto pra mostrar para seu povo o que tinha conquistado, tudo praticamente "intocado"... Dizem que a Idade média foi a era das trevas, mas esquecem dos milhões de negros, índios e aborígenes que morriam por não saberem jogar "o jogo dos brancos".

.Até nos dias de hoje, as coisas mudaram bastante, mas os sentimentos não. Eles parecem que vão ficar arraigados a nós para sempre. Hoje as pessoas continuam tendo preconceitos (seja por qualquer motivo que for), e continuam tentando intimidar aqueles que o ameaçar, mas agora esses sentimentos ficam subentendidos, pois criou-se um corbertor do politicamente correto, onde a nossa sociedade definiu que preconceito escancarado. No holocausto as pessoas viram onde pode chegar o preconceito e a intimidação de um povo sobre o outro, abalando toda uma geração e criando-se a política do não preconceito. Assim, a maioria abafaram e/ou esconderam seus preconceitos, fazendo o mundo ficar mais harmonioso "mesmo que só na aparência". Mas não se sabe até onde isso vai durar... e assim caminha a humanidade, até que alguém lhe corte as pernas.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A internet tá deixando as pessoas burras?




Bem... sim e não, isso é relativo (quero ver como eu vou explicar isso). As pessoas estão sim mais burras, muito por perderem o interesse sobre certo assunto; entretanto, elas estão adquirindo conhecimento sobre muito mais áreas que as pessoas que vivem sem internet. Esse é um fenômeno comum na era da informação.

Na idade da pedra lascada, lá pros anos 40 e 50 (já repararam como as pessoas sempre citam essas décadas juntas?), as pessoas viviam suas vidas ouvindo o radio, lendo jornal e livros, os mais ricos já tinham TV e telefone. As pessoas conversavam entre si ou mandavam cartas, e recebiam informações apenas por esses meios. Isso fazia com que as pessoas soubessem muito sobre assuntos específicos, as donas-de-casa eram especialistas em cozinha, jardinagem, costura e afins; elas sabiam quando plantar flores, o quanto de pano vão gastar pra remendar as calças do marido ou quanto tempo deixar o suflê no forno pra ele não murchar; mas não sabiam muita coisa além disso, pois pra elas era desnecessário e desinteressante saber coisas como política, ou o porquê dos preços da gasolina estarem aumentando.
Dessa forma agiam todas as pessoas, ela era considerada inteligente se soubesse muito de determinado assunto, seja ele Paleontologia ou na arte de varrer o quintal, se a pessoa soubesse o que os outros não sabem sobre determinado assunto, elas eram consideradas inteligentes.

Hoje em dia, esse conceito de inteligência não tem tanta força, basicamente, ser inteligente não é mais essencial para nada em nosso mundo, vivemos na geração Y, onde a informação é muito mais valiosa do que o conhecimento. Todo mundo acha que isso vem depois do surgimento da internet, mas não; veio com a "Guerra Fria". Essa guerra começou pouco depois da Segunda Guerra Mundial, onde a Europa não aguentou a sucessão de batalhas em seu território e ruiu perante EUA e URSS. Depois da derrubada da Europa, EUA e URSS travaram uma batalha, mas sem confrontos diretos, era tudo meio na base da ameaça, um tentando mostrar que era maior que o outro, por isso competiam em praticamente tudo: desde desenvolvimentos espaciais e aeronáuticos a até esportes.
Essa disputa tornou o maior bem pra sociedade atual: por causa da Guerra Fria que vivemos com muito mais conforto e praticidade que na década de 40 e 50, o desenvolvimento nas mais diversas áreas foi gigante, todo tipo de conhecimento ou habilidade era fortemente valorizada e incentivada das mais diversas formas. foi um "boom" pra tudo que havia antes, e, mais cedo ou mais tarde, esse incentivo irrestrito faria com que uma das potências se definhasse. A URSS caiu em grande crise, se afundou economicamente e perdeu essa guerra pros ianques do Ocidente, mas a mentalidade de que a informação é mais importante que a inteligência continuou, e até hoje a informação é muito valiosa.

Com a vinda da internet a coisa extrapolou: graças a ela podemos estar em vários lugares ao mesmo tempo, dando até a ilusão que todas as informações estão n a internet. Num mundo onde ter conhecimento sobre a informação se tornou essencial, saber sobre mais coisas diferentes se tornou mais importante do que saber muito sobre poucas coisas, e nos fazendo ter sede por informação, saber sobre tudo. Com essa sede de informação, buscar coisas sobre o mesmo assunto foi ficando menos usual, tendo em vista a gama de informações que a internet nos fornece. Cada vez mais encontramos assuntos interessantes pra se conhecer, fazendo com que se desinteressásemos em saber sobre o mesmo assunto, exatamente o contrário de nossos antepassados.

Estamos sim ficando mais burros por causa da internet, mas isso não é tão grave agora, já que ser inteligente já não é tão importante quanto ser informado. Nossa geração mudou (não sei ainda se evoluiu ou regrediu), mas estar um pouco em vários lugares parece que se tornou mais importante do que estar totalmente em um único lugar...